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Pulverização: fatores que afetam a eficiência da aplicação de defensivos
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Pulverização: fatores que afetam a eficiência da aplicação de defensivos

No combate a pragas e doenças na produção, o grande aliado nesse trabalho são os defensivos agrícolas. Uma aplicação bem feita pode refletir no aumento de produtividade nas lavouras. Porém, se não realizada corretamente, o produtor pode ter prejuízos financeiros e prejudicar o meio ambiente. Segundo o Instituto Emater, quase 46% das aplicações são desperdiçadas por erros humanos.

Entre os fatores que mais influenciam para uma aplicação mais eficiente e que devem ser observados estão: o clima, o alvo desejado, tipo de produto, veículo de ação do produto, preparação da calda, volume de aplicação e escolha das pontas de pulverização.

Os erros mais comuns são: escolha errada de um produto inadequado, não regular o equipamento, errar na limpeza e manutenção dos bicos, não regular corretamente o pulverizador e desrespeitar as condições climáticas.

Sobre as condições climáticas, as ideias para pulverização são:
- Umidade relativa do ar: mínima de 50%;
- Velocidade do vento: de 3,0 a 10 km/h;
- Temperatura: abaixo de 30ºC.

O alvo é aquilo que foi escolhido para ser atingido no momento da aplicação de um defensivo (planta, solo, inseto e doença).

A definição do alvo biológico exige conhecimento da biologia da praga, de maneira que possa ser determinado em qual estágio ela é mais suscetível ao agrotóxico.

Tipo de produto
Os produtos são classificados como herbicidas, quando destinados ao controle de plantas daninhas; inseticidas, quando utilizados para o controle de insetos e; fungicidas, quando o alvo de controle são as doenças.

Veículo de ação
Os produtos podem ser divididos de acordo com o seu modo de ação no alvo:
– Produtos com ação de contato: atuam no local onde são depositados, ou seja, não translocam pela planta e há necessidade de entrar em contato direto com o alvo;
– Produtos de ação sistêmica: o produto é absorvido pela planta e circula internamente. Não há necessidade de entrar em contato direto com as pragas e às doenças, já que tem a capacidade de atuar em pontos diferentes do local de aplicação.
Cada defensivo possui uma formulação diferente, ou seja, tem em sua composição diversos componentes ativos, que são essenciais para que o produto possa cumprir a sua finalidade.

Consulte a classificação das formulações no site do MAPA, baixando o anexo disponível na página.

Volume de aplicação
O volume de aplicação consiste na quantidade de calda pulverizada por área ou por planta, de forma simplificada, é a quantidade de líquido que sai do equipamento.

A eficiência da aplicação depende da quantidade de produto que atinge o alvo, por exemplo, os produtos de ação sistêmica não necessitam de cobertura total do alvo, devido a sua capacidade de translocação. Já os produtos de ação de contato, exigem maior cobertura do alvo para realizar o controle.

Calda
Definir o volume ideal da calda envolve vários aspectos, além das pontas a ser utilizadas. Devem ser levados em consideração o índice de área folear, alvo e o produto que vai ser trabalhado.

Com herbicidas, por exemplo, se pode trabalhar com um volume de calda menor, mas com gotas mais grossas. No entanto, quando vai aplicar inseticida e fungicida, não se pode diminuir o volume de calda para não perder em cobertura, reduzindo um pouco do tamanho da gota para atingir melhor o alvo.

O volume de calda é um dos fatores que influenciam na deposição uniforme de gotas nas folhas, pois afetam diretamente na quantidade total de gotas produzidas. A quantidade utilizada é uma variável a ser testada e deve garantir a cobertura desejada.

Clique aqui para saber como calcular o volume de calda para pulverização.

Deriva
Na pulverização, entre os cuidados que devem ser tomados está a deriva, que é o movimento de um produto no ar durante ou depois da aplicação para um local diferente do planejado, ou seja, é tudo aquilo que não atinge o alvo durante a aplicação.

As condições climáticas desfavoráveis ​​são os principais vilões da deriva e do aumento da evaporação. Exemplo disso são: alta velocidade do vento (> 10km/h), alta temperatura (> 32 °C) e baixa umidade relativa (< 55%). De acordo com pesquisadores, de 80 a 90 % dos problemas de deriva vem dessa combinação de ponta inadequada e condição meteorológica ruim e o resultado é uma lavoura com problemas, além do meio ambiente.

Pontos para evitar a deriva
- A regulagem do pulverizador é indispensável para uma boa aplicação;
- Peso e diâmetro de gotas;
- Condições climáticas durante as aplicações de defensivos;
- Adjuvantes para evitar a deriva de defensivos agrícolas;
- Escolha corretamente a ponta de pulverização;
- Pressão adequada, altura da barra e cobertura;
- Siga a bula dos produtos para garantir o uso correto e seguro;
- Selecione ingredientes ativos ou formulações não voláteis ou de baixa volatilidade;
- Use adjuvantes de acordo com as bulas.

Pontas de pulverização
As pontas de pulverização são os elementos mais importantes de um pulverizador, pois a vazão do líquido e o tamanho das gotas dependem desse instrumento. A ponta tem a função de criar e dispersar as gotas em certa posição visando atingir o alvo biológico.

A seleção de pontas serve para adequar o pulverizador ao tipo de aplicação que será realizada.

Os critérios para seleção correta das pontas, deve levar em consideração as condições ambientais no momento da aplicação, o tipo de produto utilizado, o alvo que se deseja atingir e o volume de calda pulverizado. (Com informações do Blog do Ifope Educacional e Embrapa)

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